Retina e vítreo

Retina e vítreo são duas das partes mais importantes dos olhos, ou seja, qualquer problema nessas áreas afeta muito a visão e pode causar cegueira.

O tratamento clínico ou cirúrgico dessas partes tão importantes dos olhos faz parte das especialidades da Oftalmolaser.

O que são retina e vítreo?

A retina

A retina é a parte do olho responsável pela formação de imagens. É uma fina camada de tecido nervoso sensível à luz, como uma tela em que as imagens enxergadas são projetadas e traduzidas para o nosso cérebro por meio do nervo óptico. Sua função pode ser comparada à de um filme em uma câmera fotográfica.

O vítreo

O vítreo, também conhecido como humor vítreo, é um fluido transparente e gelatinoso que encontra-se entre a retina e o cristalino e tem a função de manter a forma esférica dos olhos, mantendo a pressão interna constante.

Qual a relação entre a retina e o vítreo?

A relação entre retina e vítreo se dá pois ambas as partes devem se manter coladas. Caso o vítreo sofra problemas de pressão, ficando mais líquido, a retina pode se separar, causando o descolamento de retina, também conhecido como descolamento vítreo.

Quais as possíveis doenças de retina e vítreo?

Moscas volantes

Moscas volantes são pequenos pontos escuros, manchas, filamentos ou círculos que parecem mover-se na frente de um olho ou até mesmo nos dois olhos. São percebidas mais facilmente durante a leitura ou quando se olha fixamente para uma parede vazia. A sensação é de moscas na visão que se mexem com a movimentação dos olhos.

Ocorrem com maior frequência após os 45 anos entre as pessoas que têm miopia, as que se submeteram à cirurgia de catarata ou ao tratamento YAG Laser e também entre as que sofreram inflamação dentro do olho e não necessariamente são um sinal de problema sério, assim, não necessitando de tratamento, pois a situação se normaliza com o tempo.

Agora, nos casos em que as moscas volantes forem um sintoma de rasgo, podem provocar o descolamento da retina, o que pode ocasionar cegueira. Nestes, é extremamente importante que o oftalmologista realize o exame de Mapeamento de Retina (também conhecido como exame de fundo de olho) para descartar a presença de rompimento retiniano.

Uveíte

Uveíte é uma doença inflamatória que pode comprometer totalmente a úvea ou uma de suas partes (íris, corpo ciliar e coróide). Em alguns casos, a inflamação atinge também nervo óptico, retina e vítreo. Assim como as moscas volantes, pode ocorrer em apenas um olho como também nos dois olhos.

As uveítes podem aparecer em qualquer idade, desde o nascimento até a velhice, em homens e mulheres, porém são mais frequentes em jovens e adultos que apresentam exames positivos para a toxoplasmose.

Ela também pode surgir por meio de infecção por vírus, bactérias e fungos; doenças sistêmicas, como toxoplasmose, inclusive a toxoplasmose congênita, herpes simples, citomegalovírus, tuberculose e sífilis.

A Uveíte também aparece via moléstias reumatológicas, como a artrite reumatoide e o lúpus eritematoso.

Corpos estranhos e traumas oculares, além de leucemias e linfomas, são outros fatores de riscos e mais propensos a Uveíte.

Os sintomas possíveis em caso de uveíte são:

  • Olho vermelho (Hiperemia)
  • Sensibilidade à luz (Fotofobia)
  • Dor
  • Visão turva e/ou embaçada
  • Moscas volantes

Os possíveis tratamentos variam de acordo com a causa das uveítes e podem exigir a orientação do oftalmologista e de um especialista na doença, pois se a causa primária não for resolvida o tratamento ocular promove apenas o alívio dos sintomas.

O especialista pode fazer a indicação correta e segura de antibióticos, antivirais ou antifúngicos ao uso tópico de colirios específicos.

Nos casos da chamada uveíte anterior, a primeira medida é dilatar a pupila e prescrever anti-inflamatório de uso local para preservar a anatomia do olho.

Oclusões Vasculares da Retina (OVR)

Como um infarto no coração ou um AVC no cérebro (acidente vascular cerebral) a retina também está sujeita a problemas vasculares. A oclusão venosa da retina é bloqueio de uma ou várias veias que irrigam a retina levando oxigênio e nutrientes até ela.

O OVR é um distúrbio vascular comum da retina e também é uma das causas mais comuns de perda de visão no mundo. Na verdade, é a segunda causa mais comum de cegueira por doença vascular da retina, após a retinopatia diabética.

Como principais fatores que ocasionam a doença podemos considerar a falta de controle do diabetes, a aterosclerose e a hipertensão. Pode ocorrer em quase todas as idades, embora seja mais frequente em pessoas com mais de 65 anos.

Os possíveis sintomas são:

  • Súbita e grave perda de visão acompanhada de pressão dolorosa no olho
  • Visão turva ou desfocada em um ou nos dois olhos
  • O bloqueio das veias da retina causado pela oclusão pode ainda levar a outras complicações oculares, incluindo: glaucoma, edema macular, perda parcial ou total da visão.

Essa doença pode ter progressão rápida e levar à perda da visão se não diagnosticada e tratada corretamente. A Oftalmolaser tem em seu corpo clínico médicos especializados em tratamento de retina e vítreo.

Degeneração macular relacionado à Idade – DMRI

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é o envelhecimento da mácula que é responsável por 90% da visão. É uma doença de fundo de olho que causa uma redução da visão central, com escurecimento e perda da nitidez, preservando a visão periférica, portanto o diagnóstico precoce é essencial.

A doença é mais comum em pessoas acima de 50 anos, além de ser a principal responsável em causar cegueira em pessoas acima de 65 anos. Dentre os fatores de risco que facilitam o surgimento da DRMI, destacam-se o histórico familiar, tabagismo, carência de vitaminas alimentares, exposição intensa à luz solar e radiação ultravioleta e hipertensão arterial e arteriosclerose dos vasos.

No início ela não apresenta sintomas, trata-se de uma doença silenciosa. Mas com o tempo pode vir a causar reações, como:

  • Perda gradual da capacidade de ver objetos com nitidez;
  • Embaçamento ou visão central distorcida;
  • Surgimento de uma área escura ou vazia no centro da visão.

Infelizmente a degeneração macular não tem cura, por isso o acompanhamento e o monitoramento da doença pelo oftalmologista deve ser iniciado o mais rápido possível, para evitar o agravamento.

Algumas medidas também são indicadas para retardar a evolução da DMRI. São elas:

  •  Tomar vitaminas (Vitamina C e E, ômega-3, luteína e zeaxantina presentes) em alimentos ou suplementos).
  • Comer verduras verdes e peixes;
  • Não fumar;
  • Fazer aplicação intra-ocular;
  • Para os casos graves pode ser necessário cirurgia ocular de retina (ex: vitrectomia).

Diabetes – Retinopatia Diabética

Quando a diabetes não é controlada adequadamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados durante muito tempo, provocando lesões progressivas na retina e vítreo e nos vasos sanguíneos dos olhos. Tudo isso faz com que a visão fique embaçada e aumente a dificuldade para enxergar. Nos casos mais avançados, pode até causar cegueira.

A retinopatia diabética pode ser dividida em 2 tipos: a não proliferativa (menos grave) e a retinopatia diabética proliferativa (mais grave).

No início não apresenta sintomas, porém, com o passar do tempo, demonstra casos, como:

  • Pequenos pontos negros ou linhas na visão;
  • Visão central embaçada ou dupla;
  • Sensibilidade à luz (Fotofobia);
  • Manchas escuras na visão;
  • Dificuldade para enxergar;
  • Dificuldade para identificar cores diferentes.

Essa doença não tem cura, mas a sua evolução e agravamento podem ser evitados. Por isso, o acompanhamento e o monitoramento da doença pelo oftalmologista deve ser iniciado o mais rápido possível, para evitar a piora da doença. Com o acompanhamento de um profissional especialista o paciente poderá passar por medidas como procedimento de fotocoagulação à laser, tratamentos com Injeção intra-vitreo, e cirurgias de vitrectomia (em casos mais graves).